quinta-feira, janeiro 27, 2011

México lança portal com raridades documentais

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Com uma seleção de tesouros documentais que datam desde o período pré-hispânico, foi inaugurada a Biblioteca Digital Mexicana (BDMx). Criada pela união de órgãos vinculados ao Arquivo Geral Nacional e ao Centro de Estudos da História do México, o projeto é uma iniciativa inédita no país, com um pequeno, mas valioso acervo.

Cena do Códice Colombino, do século XII, uma das raridades da biblioteca virtual mexicana

São 20 documentos que datam do século VI até 1949. Entre os destaques está o Códice Colombino, considerado o único documento pictórico da época pré-hispânica conservado em uma coleção mexicana. O documento foi digitalizado e é possível observá-lo nos mínimos detalhes pela internet.

Outros destaques são o Catecismo Testeriano de 1524, o Códice Totomixtlahuaca de 1570 e outros manuscritos importantes do processo de independência do México, como o Plano de Independência da América Septentrional, de Agustín de Iturbide, de 1821. Do Arquivo Geral Nacional vieram o Códice Techialoyan de Cuajimalpa e a série de códices do Marquesado del Valle, ambos reconhecidos como Memória do Mundo pela Unesco. Clique e faça uma visita: http://bdmx.mx/
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sábado, janeiro 22, 2011

A gênese da destruição

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Texto de autoria de Ana Lucia Azevedo publicado no jornal O Globo de 22/01/2011 mostra que a turbulenta relação entre os brasileiros e as serras tem sua origem na própria formação do nosso país.


Devastação em Nova Friburgo

A trágica história dos desastres naturais em terras brasileiras começa com a formação do Brasil. São Vicente, em São Paulo, a primeira povoação oficialmente criada na América portuguesa, teve o núcleo destruído por tempestades e ressacas em 1541. O padre José de Anchieta, ao escrever na mesma região em 1560, descreveu uma tempestade que "abalou as casas, arrebatou os telhados e derribou as matas". Desde então, se sucedem os desastres gerados pela combinação de gente no lugar errado, montanhas e tempestades, destaca o historiador José Augusto Pádua, para quem a História tem muito a contribuir para a compreensão da relação entre o homem e a natureza. Relação que pode terminar em desgraça, como demonstrou a tragédia deste mês na Região Serrana do Rio.

- Temos uma longa trajetória de uso inadequado do solo. E uma visão da natureza sem enfoque histórico. As pessoas, e não só no Brasil, vêem a natureza como um cenário. Mas a natureza é movimento. É transformação permanente – explica Pádua, um dos poucos especialistas brasileiros em história do meio ambiente e coordenador do Laboratório de História e Ecologia do Departamento de História da UFRJ.

Em busca de uma utopia possível

Pádua diz que a utopia possível é que vamos conseguir adaptar nossas necessidades ao mundo natural. Na era do aquecimento global, em que extremos tendem a se tornar mais regra do que exceção, esse aprendizado ganha urgência.

- É preciso conhecer a transformação da paisagem. Nos últimos dias houve muitos relatos de pessoas atingidas dizendo não se lembrarem de ter visto, em 70 anos, antes algo como as chuvas e desmoronamentos na Serra. Isso é muito tempo para uma vida humana. Mas não é nada para a natureza - diz Pádua.

Autoridades e meteorologistas discutem se as chuvas que devastaram a Serra entre 11 e 12 de janeiro foram as mais violentas da região. Para Pádua, a discussão é secundária. Pode ser que chuvas assim ocorram a cada 100 anos. Pode ser que não.

- O importante é se convencer de que elas podem voltar a ocorrer. Pode ser que tenham ocorrido outras vezes, mas que não tenham sido catastróficas porque ninguém morava lá. Se a história da ocupação das serras brasileiras, e não apenas a fluminense, ainda é incipiente, e está cheia de lacunas, a história natural é ainda mais desconhecida – afirma o historiador.

Exemplo disso é a visão equivocada sobre as florestas. Muita gente se chocou com o fato de encostas cobertas com florestas terem vindo abaixo na enxurrada.

- Muitos moradores pensaram que as encostas estariam defendidas pela presença de florestas. Realmente as florestas são a melhor proteção das encostas. No contexto atual, as propostas ruralistas de afrouxar o Código Florestal representam um tapa na cara da sociedade. Só que as florestas não existem no abstrato. Cada floresta tem sua história. Muitas das formações florestais da Serra são recentes e secundárias, estando bastante mexidas e fragmentadas. Se mesmo as florestas mais íntegras, dependendo do volume de água e do contexto geológico, podem não segurar um deslizamento, quanto mais as florestas secundárias. Conhecer a história de cada paisagem é fundamental para desenhar boas políticas de prevenção e reconstrução - explica o pesquisador da UFRJ.

O passado não registra nada da magnitude da catástrofe que matou centenas de pessoas em Nova Friburgo, Teresópolis e outros municípios serranos nas chuvas deste janeiro. Mas explica sua origem.

- Uma perspectiva ampla permite identificar que transformações na paisagem contribuíram para aumentar o desastre. E demarcar melhor que lugares devem ser considerados impróprios - observa o historiador.

Ele lembra que as enormes enchentes de 1987/88 na Serra Fluminense, ou no Rio de Janeiro em 1966/67, mataram bem menos gente do que a tragédia deste ano. Não porque estivéssemos mais bem preparados. Um fator decisivo é que a escala das populações e da ocupação dos espaços era muito menor.

- Havia menos gente em lugares que nunca deveriam ter sido ocupados. Os últimos 30 anos assistiram a um aumento populacional explosivo. Com as previsões de que chuvas extremas se tornarão mais freqüentes, mais do que nunca é preciso repensar a ocupação, os limites de nossa sociedade de risco - frisa.

Nossa sociedade é paradoxalmente poderosa e vulnerável.

- O tamanho da população das cidades, a complexidade da infraestrutura e a dependência de fluxos intensos de matéria e energia, isto é, de água, de combustível, fazem com que nossa sociedade seja ao mesmo tempo muito poderosa, porém muito mais frágil - diz.

A história do Brasil nos traz muitos alertas.

- A medida que as cidades cresciam, com maior concentração de gente, como o Rio de Janeiro, onde se desmatava as encostas para agricultura, carvão ou moradia, as enchentes começaram a causar danos consideráveis e a ficar na memória coletiva. É o caso das "águas do monte" de 1811, quando parte do Morro do Castelo desmoronou. Ou da enchente de 1864, lembrada em 1889 por uma crônica de Machado de Assis. A partir do século XX a situação piorou muito - relata o historiador.

A questão das encostas já era alvo de críticas em 1821, quando José Bonifácio argumentou que a agricultura deveria ser feita nos vales, beneficiando-se da proteção dos morros florestados. O cultivo em encostas, motivado em grande parte pela facilidade de desmatar em favor da gravidade, era encarado por ele como uma combinação de ignorância, preguiça e má gestão. Em 1862, ao ver Petrópolis alagada pela chuva, o imperador D. Pedro II reclamou com o engenheiro do distrito que "pouco se fez do ano passado para cá" para enfrentar o problema.

E pouco continuou a se fazer, passados quase um século e meio desde a crítica do imperador. O plano original de Petrópolis, dos idos de 1840, não previa o desmatamento de encosta. Mas Pádua acredita que a região de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo permaneceu por muitos anos relativamente a salvo de catástrofes em virtude de sua baixa ocupação por muitos anos.

- Até meados do século XX a população dessas cidades estava na casa dos 30, 60 mil habitantes. Tudo isso mudou nas últimas décadas do século XX, quando a população começou a crescer muito depressa - diz Pádua.

Uma relação perigosa com o verde

O motivo seria o fenômeno socioeconômico que os historiadores chamam de Novo Rural, baseado em turismo, casas de campo, agricultura orgânica, criação de ovelhas, cavalos e produção de produtos finos. As pessoas subiram a Serra em busca do verde.

- Apesar dos muitos pontos de risco, a região se tornou cada vez mais atraente para os que queriam viver "mais perto da natureza", ter maior contato com o verde. E pessoas pobres foram atraídas por essas novas oportunidades de emprego. Assim, casas ricas e pobres foram erguidas em lugares totalmente vulneráveis a desastres - salienta.

Para o historiador, só uma intensa presença do poder público no controle da ocupação, associada a formas inovadoras de manejo local, poderão indicar um caminho seguro para a Região Serrana.

- A natureza não pede licença ao homem. Precisamos encontrar uma forma de nos adequar a ela - conclui.

A serra dos Órgãos, em Teresópolis antes da tragédia.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Ex-presidentes do Brasil na visão de historiadores


Segundo historiadores, poucos ex-presidentes se retiraram da vida pública, a maioria continuou a influenciar os rumos do Brasil.

Não se deixe enganar pela camiseta de malha e a disposição para comer pastéis. Lula está de férias, depois de oito anos de trabalho à frente da Presidência da República. Mas o ócio dos últimos dias, tanto em seu apartamento em São Bernardo do Campo, quanto na praia de Guarujá, não necessariamente será a tônica daqui para frente. A história do país revela que, tirando alguns casos da República Velha e na ditadura militar, a prática de se retirar da vida pública não é comum. Quem faz parte de um projeto político significativo continua influente. E dificilmente consegue sair de cena.

Sair de cena era uma opção mais comum nos primeiros anos da República. Embora o poder estivesse concentrado nas mãos de poucos políticos, pertencentes a grupos restritos que se alternavam na Presidência, alguns deles optaram pelo isolamento. Exemplo é Floriano Peixoto (1891-1894), o segundo presidente do país, que assumiu com a renúncia de Deodoro da Fonseca.

Quando seu mandato acabou, nem esperou Prudente de Morais chegar para tomar posse, estava muito doente e se afastou logo, embora tivesse muitos admiradores - conta a historiadora Isabel Lustosa, da Casa de Rui Barbosa, autora do livro "Histórias de Presidentes - A República do Catete" (Editora Agir).

Dono de uma casa no subúrbio e uma fazenda no interior do estado, o ex-presidente se afastou da vida política, segundo especialistas.

Floriano acaba sendo exaltado por ter uma vida simples, um despojamento com o exercício do cargo — conta o historiador Carlos Eduardo Sarmento, do Centro de Pesquisa e Documentação (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas. - Ele pegava o bonde para ir para casa, em Cascadura, onde ficava cuidando das rosas no jardim. Quando deixa a Presidência, com a aura de ter sido atraiçoado, morre pouco depois, recluso, vivendo como um cidadão comum, sem aspiração à participação política.

Campos Sales (1898-1902) foi outro da República Velha que também se isolou em sua fazenda, no interior de São Paulo, logo após o fim de seu mandato. Ainda assim, se elegeu senador e, posteriormente, foi diplomata na Argentina.

Ele saiu do Catete muito impopular, debaixo de vaias, com jornalistas lhe atirando caroços de jaca - conta Isabel. Já no fim do seu mandato, foram publicadas uma série de quadrinhas cujo tema era a solidão da qual ele sofria, à medida que os puxa-sacos iam se afastando e se voltando para o seu sucessor. Chamavam de "a solidão do Banharão", região de São Paulo onde ficavam suas fazendas, e para onde ele volta.

Outro caso similar foi o de Venceslau Brás (1914-1918), o vice de Hermes da Fonseca que acabou se tornando presidente no período crítico da Primeira Guerra Mundial.

Ele era discreto, apagado até, e saiu de cena completamente. Foi para Itajubá, em Minas - diz Isabel Lustosa. - Era um sujeito muito simples, um representante da classe média no poder. Costumava dizer que, depois de ser presidente, o sujeito não poderia almejar mais nada na vida e nunca mais se envolveu em política.

Mas nem mesmo na República Velha essa foi a regra. Em geral, eles continuavam fazendo política, atuavam politicamente. Foi o caso de Rodrigues Alves (1902-1906), que se reelege presidente inclusive, e Hermes da Fonseca (1910-1914), entre outros - afirma Sarmento.

Isabel Lustosa concorda com o colega. - Quem tem uma base política, um grupo econômico, um projeto, continua no jogo - diz a historiadora.

Washington Luis (1926-1930) foi deposto pela Revolução de 30 e acabou ficando por 17 anos no exílio, como forma de protesto contra Getúlio Vargas, um gesto para lá de político numa ditadura. O próprio Vargas, ao ser deposto em 1945, após 15 anos no poder, se isolou por um período em sua fazenda, em São Borja, no Rio Grande do Sul. Segundo historiadores, ele nunca deixou de ter influência na vida nacional, uma vez que continuava recebendo políticos por lá. Mas foi com pompa e circunstância que anunciou sua "volta" para a eleição de 1951. Eleito democraticamente, ele ficou no poder até 1954, quando se suicidou.

De acordo com os historiadores, Juscelino Kubitschek (1956-1961), com sua plataforma desenvolvimentista e a construção de Brasília, foi um dos mais populares presidentes do país. Tinha planos declarados de voltar à Presidência em 1965, se elegeu senador em 1962, mas acabou sendo atropelado pelo golpe militar de 1964, que tirou João Goulart do poder depois da renúncia de Jânio Quadros, suspendendo a democracia por 20 anos.

Os militares, na análise de Carlos Eduardo Sarmento, tiveram uma postura diferente da dos civis, e se recolheram mais após o mandato.

Justamente por conta de hierarquia, eles se afastavam e silenciavam, caso do
Médici, do Geisel e do Figueiredo, que chegou a dizer que queria ser esquecido - afirma. Mas isso tem a ver com o sentido da ação militar na política, não é padrão, destoa dos presidentes eleitos democraticamente.

Com o fim da ditadura e a retomada da democracia, na análise dos especialistas, a tendência é clara. Tirando Fernando Collor, que não era um político tradicional, não pertencia a um partido consagrado, e ainda ficou estigmatizado pelo impeachment, as denúncias de corrupção e a morte trágica de seu tesoureiro, Paulo César Farias, todos os demais presidentes do período têm atuação importante. Isabel lembra que mesmo o mais inexpressivo deles, Itamar Franco, elegeu seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, e é atuante na política mineira.

O José Sarney é um político que nunca saiu de cena - cita Isabel Lustosa. - Ele segue essa lógica de ser ligado a um grupo político, a determinado projeto. Para os historiadores, dificilmente será diferente com Luís Inácio Lula da Silva.

O Lula tem um carisma muito superior ao do Juscelino, vive numa sociedade de mídia de massa, tem uma popularidade altíssima e condições físicas e etárias para ser um ator político - analisa Sarmento. Embora diga oficialmente que está afastado, tudo leva a crer que continuará exercendo um papel importante e pode mesmo pleitear uma nova candidatura. De toda forma, ele é um referencial político sim, construiu esse lugar para ele, um lugar de articulador, de conciliador, que não se supunha que pudesse ocupar.


Fonte: Texto de Roberta Jansen Jornal O Globo

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Catástrofe na região serrana do RJ é uma das piores do mundo e a maior na história do Brasil


Aqui uma parte do centro de Nova Friburgo.

A Praça do Suspiro, também no centro de Nova Friburgo.

A lama que desceu sobre as casas num distrito de Teresópolis.

Os desabamentos de terra que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro com as fortes chuvas no dia 12/11/2011, já está entre os dez piores deslizamentos dos últimos dez anos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). A tragédia já vitimou mais de 800 pessoas, número superior ao de uma tragédia na China que até então ocupava a décima posição no ranking da organização.

Os dados foram divulgados no dia (14/01) e fazem parte do banco de estatísticas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, que envia as estatisticas à ONU. De acordo com o centro, que tem sede na Bélgica, o deslizamento desta semana já é o segundo maior do mundo no último ano e o terceiro maior da década.

Além disso, o desastre na Região Serrana do Rio de Janeiro é o pior de toda a história do Brasil. Em relação ao número de vítimas, fica atrás apenas de uma enchente, também no Rio de Janeiro, que matou 785 pessoas, em 1967. No mesmo ano, 436 pessoas morreram em um deslizamento em Caraguatatuba, em São Paulo, que até então era registrado como o pior deslizamento do país.


Segundo a ONU, o maior desastre mundial relacionado a um deslizamento de terra aconteceu em 1949, na União Soviética, totalizando 12 mil mortos. Em 1941, o Peru enfrentou fortes chuvas que com deslizamentos vitimaram 5 mil pessoas, em 1941.


De acordo com especialistas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, a tragédia do Rio de Janeiro é classificada como deslizamento, e não enchente - que tecnicamente ocorre quando o nível de água de um rio sobe além do normal e destrói casas construídas nas margens.


Fonte: Thaís Romanelli Opera Mundi


Quer saber mais sobre esse assunto?

Enchentes no Rio de Janeiro: uma história de 200 anos
Em vídeos, veja um histórico de tragédias causadas pelas chuvas no Brasil
Veja aqui mais fotos dos estragos das chuvas na região serrana do RJ
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domingo, janeiro 09, 2011

Uma doce soberania

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Livro "Banguês, engenhos centrais e usinas" de Roberta Barros Meira, mostra o crescimento da participação de São Paulo na produção de açúcar.

O Estado de São Paulo se tornou o maior produtor de açúcar do Brasil por, entre outras razões, ter investido num caráter nacional para modernizar o processo de transformação da cana-de-açúcar.

Esse é um dos argumentos de "Banguês, engenhos centrais e usinas: o desenvolvimento da economia açucareira em São Paulo e a sua correlação com as políticas estatais (1875-1941)".


Segundo a Fapesp, que apoiou o livro, São Paulo é responsável por mais de 60% do açúcar produzido no país hoje em dia. Mas no início do século XX, esse número não passava de 8%.


Segundo Roberta, doutoranda em História Econômica pela Universidade de São Paulo, essa modernização ocorreu também no Nordeste. Mas, diferentemente de São Paulo, cujos engenhos foram montados principalmente por empreendimentos nacionais, lá houve maior participação de empresas estrangeiras, que trouxeram maquinário já defasado, visando apenas a lucros imediatos.

De acordo com a Fapesp, o livro fala ainda sobre como a indústria de São Paulo cresceu com o fortalecimento do mercado interno, e como os paulistas optaram por uma mão-de-obra que já estava sendo amplamente usada no café: o imigrante. A obra aborda ainda a transformação da produção, dos banguês aos engenhos centrais, às usinas, e utilizando o auxílio governamental do primeiro governo Vargas.


Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

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sexta-feira, janeiro 07, 2011

O tango é brasileiro

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Já sabemos que o Brasil não é apenas o país do samba. Mas, além da bossa nova, do maxixe, do choro, do forró e de uma infinidade de gêneros, é possível que tenhamos inventado o tango. É claro que hoje o tango é universalmente aceito como argentino, imortalizado na música de artistas como Carlos Gardel. Mas o que nem todos sabem é que, segundo o crítico Ary Vasconcellos, os primeiros tangos foram compostos e executados no Brasil.

Oficialmente, o gênero nasceu em 1871 com a música "Olhos Matadores", de Henrique Alves Mesquita. No final do século XIX e início do XX, o grande compositor de tangos brasileiros foi Ernesto Nazareth, com peças como "Brejeiro", de 1893.

Os primeiros tangos argentinos foram escritos somente em 1880, quase uma década depois de "Olhos Matadores". Os hermanos chegaram depois, mas deram ao tango uma projeção internacional tão grande que o ritmo passou a ser considerado argentino por adoção.


Fonte: História e inventário do choro, de Ary Vasconcellos. Rio de Janeiro, Gráfica Editora do Livro Ltda, 1984.

Quer saber mais sobre o tango brasileiro? Clique aqui
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sábado, janeiro 01, 2011

O que esperamos da Dilma em 2011

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O povo brasileiro espera muito da nova presidente. Um governo honesto, sem escândalos, sem aumentos ou novos impostos, mais fiscalização nas leis, menos burocracia, muito trabalho e mais seriedade na condução do país. Espera ainda que não se criem mais bolsas, e que se dê oportunidade aos pobres e desempregados de se manterem com o seu próprio esforço.

Esperamos um ano com fartura às mesas. Mais qualidade nas escolas e universidades públicas, mais leitos e profissionais de saúde nos hospitais públicos. Que a segurança faça parte deste conjunto: que tenhamos o direito de ir e vir. Que haja mais UPPs, mas sem esquecer o asfalto.


Que 2011 seja o começo de uma nova era, com ares femininos, e tudo seja feito de modo que não tenhamos saudades de 2010.


Clique aqui e saiba mais sobre Dilma e seu futuro governo.
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