sexta-feira, abril 30, 2010

A História está de luto

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Transcrevo aqui as palavras do amigo Bruno Leal Maia, fundador e Moderador do Café História. Realmente, essa foi uma perda irreparável.

"A semana foi de luto para historiadores no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Na última terça-feira, dia 27 de abril, morreu o historiador Manoel Luiz Salgado Guimarães, professor da UERJ, da UFRJ e ex-presidente da ANPUH Nacional.


Profissional ético e talentoso, Manoel dedicou sua vida à história, dando importantes contribuições ao campo da historiografia brasileira. Fez seus estudos no Rio de Janeiro, Berlim e Paris. Como professor, foi sempre muito atencioso, sempre interessado na construções de pontes e diálogos entre a história acadêmica e a história dita popular. Sua morte precoce deixa saudades em colegas, familiares e alunos.


A história, com certeza, perdeu muito neste 27 de Abril. Por isso, dedicamos todas as atualizações do Café História ao professor Manoel Luiz e aos novos historiadores, na esperança que possam continuar desenvolvendo à altura o campo dos estudos históricos.


Um abraço fraternal a todos."

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quinta-feira, abril 29, 2010

Gazeta oitocentista


Da economia à literatura, do anúncio da fuga de escravos ao da venda de vestidos da moda, muitas são as possibilidades de pesquisa nos jornais oitocentistas.

"Os jornais são uma fonte inesgotável para os historiadores. Nas páginas dos antigos periódicos foram registrados diversos aspectos da vida política, econômica, social e cultural do país.

Quanto a isso basta citar o clássico livro de Gilberto Freyre, cujo título quilométrico é bastante elucidativo a respeito das potencialidades dos acervos jornalísticos: O Escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX: tentativa de interpretação antropológica, através de anúncios de jornais, de característicos de personalidade e de deformações de corpo de negros ou mestiços, fugidos ou expostos à venda, como escravos, no Brasil do século passado.


No Brasil, a criação desse meio de comunicação data de 1808, quando a transferência da Corte portuguesa pôs fim à proibição colonial em relação à imprensa. Nesse mesmo ano, passou a circular em nosso território o Correio Braziliense, impresso em Londres, e a Gazeta do Rio de Janeiro.


Reproduções das páginas pioneiras do Correio estão no site da Brasiliana da USP. Já a Biblioteca Nacional disponibiliza vários volumes da Gazeta em seu site, que também abriga coleções de outros jornais antigos, como o Idade d’Ouro do Brasil (1811-1818), da Bahia, ou O Conciliador (1821-1823), do Maranhão.


Mais de 50 mil páginas de periódicos mineiros do século XIX também podem ser acessadas através do Arquivo Público Mineiro, que oferece aos pesquisadores uma base com 267 títulos, como O Universal, jornal liberal que circulou durante vinte anos, um marco para a época. Ainda em Minas, a Universidade Federal de São João del-Rei e a Biblioteca Municipal Baptista Caetano d´Almeida constituíram um importante acervo jornalístico online, assim como a Coleção Linhares, pertencente ao site da Universidade Federal de Minas Gerais. Nela, estão reunidos os primeiros exemplares de periódicos que circularam em Belo Horizonte.


Nas consultas pela rede, é possível cruzar os oceanos e também pesquisar os acervos jornalísticos de Portugal, onde as primeiras gazetas foram publicadas no século XVII. São duzentos anos a mais de material para os historiadores em sites como o Observatório da Imprensa e a Hemeroteca Digital."


Autor: Professor Renato Venâncio, da UFOP
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

Esse texto foi utilizado como fonte de pesquisa nas minhas aulas de História.

domingo, abril 25, 2010

Rio de Janeiro de ontem e de hoje

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Pesquisando no YouTube encontrei este vídeo, muito bacana, que mostra imagens de um Rio de Janeiro atual e de como era a cidade antigamente. Deve ter sido bem trabalhoso montar um vídeo desses. É um belo trabalho que vale a pena ver, conferir e comentar!


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quarta-feira, abril 21, 2010

Meus parabéns pelos 50 anos de Brasília!

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Como JK tomou essa importante decisão? Leiam um trecho do livro de JK: "Por que Construí Brasília".

"Tudo teve início na cidade de Jataí, em Goiás, a 4 de abril de 1955, durante minha campanha como candidato à Presidência da República. Os políticos que me antecederam realizavam sua pregação ao longo das cidades e capitais, situadas na faixa litorânea. Só ocasionalmente quebravam a linha desse roteiro, concordando em fazer um comício num centro populacional do interior. A conduta que adotei era inédita, e revelou-se da maior eficiência possível. Ao invés das populações do litoral, iria falar, em primeiro lugar, aos eleitores do Brasil Central."

"Daí a razão por que o meu primeiro comício foi realizado justamente em Jataí, cidade perdida nos sem - fins de Goiás. No discurso que ali pronunciei, referindo-me à agitação política que inquietava o Brasil e contra a qual só via um remédio eficaz - o respeito integral às leis -, declarei que, se eleito, cumpriria rigorosamente a Constituição. Contudo, era meu hábito, que viera dos tempos da campanha para a governadoria de Minas Gerais, estabelecer um diálogo com os ouvintes, após concluído o discurso de apresentação da minha candidatura. Punha-me, então, à disposição dos eleitores para responder, na hora, a qualquer pergunta que quisessem formular-me."

"Foi nesse momento que uma voz forte se impôs, para me interpelar: ‘O senhor disse que, se eleito, irá cumprir rigorosamente a constituição. Desejo saber, então, se pretende pôr em prática o dispositivo da Carta-Magna que determina, nas suas Disposições Transitórias, a mudança da capital federal para o Planalto Central’. Procurei identificar o interpelante. Era um dos ouvintes, Antônio Carvalho Soares - vulgo Toniquinho - que se encontrava bem perto do palanque. A pergunta era embaraçosa. Já possuía meu Programa de Metas e, em nenhuma parte dele, existia qualquer referência àquele problema."


"Respondi, contudo , como me cabia fazê-lo na ocasião: ‘Acabo de prometer que cumprirei, na íntegra, a Constituição e não vejo razão por que esse dispositivo seja ignorado. Se for eleito, construirei a nova capital e farei a mudança da sede do governo’. Essa afirmação provocou um delírio de aplausos. Desde muito, os goianos acalentavam aquele sonho e, pela primeira vez, ouviram um candidato à Presidência da República assumir, em público, tão solene compromisso."

Fonte: http://www.cesarmaia.com.br/

E só para lembrar... Desejando um bom feriado a todos... Gostaria de registrar que hoje também se comemora o dia de Tiradentes.
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domingo, abril 18, 2010

Você sabe o que é Genealogia?

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Genealogia é a busca de informações e montagem da árvore genealógica de uma família, com nomes, datas e lugares por onde andaram os nossos avós, de modo que sejam mantidos vivos na memória dos seus descendentes. Isso se consegue através de demoradas pesquisas em cartórios e arquivos públicos. Pode-se levar uma vida inteira para se montar uma genealogia completa com todos os nossos parentes colaterais, primos em vários graus e nos mais diversos lugares do mundo.

Ao desenvolver uma pesquisa genealógica podemos encontrar como antepassados, pessoas ilustres de linhagem nobre, com brasões, assim como índios, escravos, padres, ricos lavradores e pobres agregados. Cada ancestral que descobrimos, será sempre uma grande surpresa para todos nós. Quando pesquisamos, certamente iremos estudar os lugares onde viveram nossos antepassados, pois esse conhecimento faz parte da vida de todos nós.

Na internet podemos encontrar vários sites sobre o assunto. Entre eles, podemos citar o excelente Genealogia Historia do pesquisador Anibal de Almeida Fernandes, que traz um grande banco de dados sobre a genealogia das famílias portuguesas e brasileiras no Brasil e no mundo.
Clique abaixo e conheça os seus principais links:

http://www.genealogiahistoria.com.br/index_genealogia.asp?categoria=2 http://www.genealogiahistoria.com.br/index_baroesviscondes.asp?categoria=3 http://www.genealogiahistoria.com.br/index_historia.asp?categoria=4

Outro que eu recomendo é o Colégio Brasileiro de Genealogia, instituição com 60 anos de existência, completando em 24 de junho de 2010, extremamente conceituada no exterior e referência no Brasil, cujo objetivo estatutário, é o estudo e a investigação genealógica das famílias brasileiras e das famílias estrangeiras radicadas no Brasil. É também uma visita imperdível.

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quarta-feira, abril 07, 2010

Enchentes no Rio de Janeiro: uma história de 200 anos

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As enchentes no Rio de Janeiro nesta terça e quarta-feira (07/04) causaram até agora mais mortes do que qualquer outro incidente semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. A maioria das vítimas morreu durante o deslizamento de encostas ocupadas por habitantes de bairros menos favorecidos dos municípios do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.

"Por que uma tragédia como essa precisa se repetir indefinidamente? O temporal que provocou o caos no Rio de Janeiro, com mais de cem mortes até agora, carrega um elemento ainda mais dramático, pois está perto de se completar 200 anos uma enchente devastadora que assolou a cidade entre os dias 10 e 17 de fevereiro de 1811 e que ficou conhecida como as "águas do monte", pois a chuva descia dos vários morros do centro do Rio e alagava tudo, provocando muita destruição e mortes."

Confiram essa história imperdível no blog Emendas e Sonetos, do meu amigo jornalista e escritor André Luís Mansur.

Como podemos ver, hoje essas imagens se repetem... Num dos maiores temporais da história da cidade, milhares de cariocas foram pegos de surpresa em vários pontos. Na foto carros parados na Avenida Francisco Bicalho. Foto do Arquivo O Globo, 11/01/1966. Veja mais fotos aqui

COMENTÁRIO: Não podemos culpar a natureza pelas chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, pois sabemos que é o ser humano que provoca essas mudanças. E se existem culpados, eles são os atuais governador do estado e o prefeito da cidade, assim como todos os outros antigos governantes. Nenhum deles planejou um plano de escoamento de águas para evitar inundações. É uma vergonha a cidade ficar assim, prestes a sediar os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo.
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