sexta-feira, abril 26, 2024

Nicolas Desmons, artista e litógrafo (1803-1864)

Panorama da cidade do Rio de Janeiro a partir do morro do Castelo; destaque ao fundo do passadiço ligando o Paço Imperial ao convento do Carmo, praça XV. 1848. Litografia de Nicolas Hushar Desmons, conhecido equivocadamente pelos historiadores da arte como Iluchar Desmons.

Nicolas Desmons foi um professor de desenho que chegou ao Brasil em 1840 e se notabilizou pela publicação do álbum Panorama de la Ville de Rio de Janeiro em 1856, composto por 13 grandes vistas da cidade do Rio de Janeiro e que se tornou referência sobre a iconografia carioca.

Nicolas Hushar Desmons era conhecido apenas por seu sobrenome Desmons, conforme impresso nas litografias que produziu. 

O artista, nascido na França em 1803, chegou ao porto do Rio de Janeiro em 4 de novembro de 1840, a bordo da barca Rapide - uma antiga embarcação à vela dotada de três mastros e vela quadrangular no mastro à ré -, vinda do Porto do Harvre na França, em viagem que durou 66 dias.

A Polícia da Corte, correspondente à polícia de migração dos dias atuais, assim o descreveu: Nicolas Hushar Desmons, 37 anos, solteiro, litógrafo, cabelos castanhos, olhos azuis.

Na lista de passageiros publicada no Jornal do Commercio é omitido o nome Hushar, publicando-se apenas Nicolas Desmons.

Sabemos hoje, através do atestado de óbito encontrado nos arquivos da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, que o artista faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 4 de setembro de 1864, vítima de uma longa enfermidade associada a uma congestão cerebral.

Era casado, morava à Rua Nova das Laranjeiras n. 9, atual Pereira da Silva, no bairro de mesmo nome, e foi enterrado no cemitério São João Batista.

Até a descoberta deste documento na Santa Casa, alguns autores acreditavam que o artista havia retornado à França - como descrito no livro 'Uma pequena biblioteca particular: subsídios para o estudo da iconografia no Brasil', de Erico João Siriuba Stickel - ou morrido em 1858, como informa Gilberto Ferrez em 'Iconografia do Rio de Janeiro: catálogo Analítico 1530-1890'.

Fonte: REIS, Julio. Nicolas Desmons: revisão historiográfica do artista conhecido até então como “Iluchar Desmons”. 19&20, RJ. Ano 2020. 

terça-feira, abril 23, 2024

Cores da Gentileza: 131 grafiteiros decoram estações do BRT por 26 km na Avenida Brasil


Avenida Brasil está ganhando um colorido especial com a arte do grafite. O trajeto está ganhando desenhos criativos e mensagens gentis.

Grafiteiros levam a arte urbana e mensagens positivas ao corredor BRT, desde o Terminal Gentileza até Deodoro, que fica na Zona Oeste do Rio. As estações ficam na Avenida Brasil, que em breve dará lugar ao corredor Transbrasil.

As pinturas começaram em novembro e devem encerrar no fim de janeiro. São 26 quilômetros de trajeto, que ganham mensagens gentis de 131 artistas. Ao todo, são 30 mil litros de tinta em mãos. A intenção da grafiteira Guida é multiplicar o amor.


“Todo trabalho tento trazer alguma palavra ou então alguma frase que eu consiga tanto falar sobre mim, sobre o momento que eu estou vivendo, mas também que as pessoas possam olhar e se identificar”, explica ela.

A via expressa tem um tráfego diário de 250 mil veículos, e os artistas tiveram liberdade para compor criações que impactem essas pessoas. O objetivo principal era levar adiante a mensagem do primeiro artista urbano a encher de gentileza o ambiente dos viadutos cariocas.


“Artista esse que foi uma base de inspiração, na região portuária já são 56 painéis dele que, inclusive, estão sendo restaurados pra trazer mais essa mensagem”, explica o realizador do projeto Cores da Brasil, Caíque Torrezão.

Gentileza é também o nome do primeiro terminal do BRT Transbrasil. Marcelo Fanac está cobrindo um viaduto com formas geométricas e ainda falta completar um retrato da própria origem em uma linguagem universal.

“Tenho um projeto social que acaba reivindicando a visibilidade de pessoas anônimas, pessoas tanto pretas como nordestinas e indígenas que vem da minha, da minha criação, da minha ancestralidade, das minhas raízes realmente”, afirma o grafiteiro.

Créditos das fotos: Reprodução/TV Globo.

Ele diz que só há pouco entendeu o impacto da arte em pessoas que se identificam com ela. Já a grafiteira Ju Angelino relembra Beth Carvalho para gerar essa identificação.

“A minha pintura leva os trechos de frases da música Andança, que foi uma música gravada pela Beth Carvalho, que conta história desse andarilho que leva no caminho dele leva o amor na mão direita e rosas”, explica ela.


A realização do projeto é da empresa de Requalificação Urbana Visionartz, em parceria com a prefeitura e o Instituto CCR. O maior acionista do VLT Carioca doou R$ 13 milhões para custeio dos materiais e remuneração dos artistas.

Reportagem: Larissa Schmidt, Anita Prado, RJ2 26/01/2024.

FONTE DE CONSULTA:
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/01/26/cores-da-gentileza-grafiteiros-decoram-estacoes-do-brt-por-26-km-na-avenida-brasil.ghtml

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sexta-feira, abril 19, 2024

Rio para pobres. Um dia em Sepetiba

 
Divulgando este excelente canal (Rio para Pobres) que se dedica exclusivamente a mostrar tudo que o Rio tem de bom em lugares que se gastam pouco dinheiro. Afinal somos todos pobres. O canal traz um vídeo novo toda quarta-feira às 18h30. Acesse os links abaixo:

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